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Comitê Emergencial avalia situação no 26º boletim semanal sobre novo coronavírus no Sul da Bahia

  • Escrito por Heleno Rocha Nazário
  • Publicado: Quarta, 23 de Setembro de 2020, 17h57
  • Última atualização em Quarta, 23 de Setembro de 2020, 17h58
  • Acessos: 2121

capa boletim cec 26O Comitê Emergencial de Crise da Pandemia de Covid-19 da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) divulgou a 26ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia nesta quarta-feira (23). O documento abrange dados e análises sobre os desenvolvimentos no período compreendido entre os dias 12 a 18 de setembro no Sul e no Extremo Sul do estado da Bahia.

-->Análise do panorama semanal nos municípios do Sul e Extremo Sul:

Quanto à situação dos dez municípios onde a UFSB tem Unidade Acadêmica (UA) e/ou colégio universitário (CUNI), do total de 292.019 casos e 6.181 óbitos confirmados na Bahia até 18/09, 33.295 casos (10,9%) e 740 óbitos (11,5%) são de residentes nesses municípios , o que corresponde a um incremento de 1.580 casos (5,0%) e 68 óbitos (10,1%) em relação à semana anterior (31.715 casos e 672 óbitos).

No intervalo de 11 a 18/09, Ilhéus (144,8%), Eunápolis (57,7%), Teixeira de Freitas (26,5%), Itamaraju (19,0%) e Nova Viçosa (8,1%) apresentaram variação positiva da incidência (número de casos ocorridos na semana de 12-18/09 maior do que na semana de 05-11/09); os demais apresentaram variação negativa, tendo sido de 11,1% a variação média nos municípios. Merece destaque a redução observada em Santa Cruz de Cabrália (-41,0%), Eunápolis (-27,1%) e Ibicaraí (-25,0%). Se nos guiarmos pela média móvel de 2 semanas, pode-se dizer que permanece a queda na ocorrência de casos de COVID-19.

Quanto ao risco de adoecer por COVID-19, apenas Porto Seguro (1.933,6/100 mil hab.) e Nova Viçosa (1.367,1/100 mil hab.) apresentam Taxa de Ataque (TA) inferior à média estadual (1.963,4 casos/100 mil hab.), enquanto os demais apresentam risco de infecção superior à taxa nacional (2.129,4 casos/100 mil hab.), com destaque para os municípios de Itabuna (5.652,8/100 mil hab.), Ilhéus (3.964,2/100 mil hab.), Ibicaraí (3.319,7/100 mil hab.) e Itamaraju (3.234,8/100 mil hab.).

Quanto ao risco de morrer por COVID-19, Ilhéus (134,3 óbitos/100 mil hab.), Itabuna (119,1 óbitos/100 mil hab.), Ibicaraí (106,0 óbitos/100 mil hab.) e Coaraci (70,6/100 mil hab.) apresentam coeficientes de mortalidade (CM) superiores à taxa nacional (64,3 óbitos/100 mil hab.), enquanto Eunápolis (49,4/100 mil hab.), Teixeira de Freitas (48,0/100 mil hab.) e Itamaraju (41,9/100 mil hab.) apresentam CM inferior à média nacional, mas superior à média estadual (41,6 óbitos/100 mil hab.). Os demais municípios apresentaram risco de morrer inferior à média estadual.

Quanto ao risco de morrer entre os já infectados pela COVID-19, apenas Ilhéus (3,3%) e Ibicaraí (3,2%) apresentaram taxa de letalidade superior à do Brasil (3,0%), enquanto Coaraci (2,4%) e Itabuna (2,1%) apresentaram Taxa de Letalidade superior ou igual à média da Bahia (2,1%), mas inferior à do Brasil em 18/09. Os demais municípios apresentaram taxa de letalidade inferior à média estadual. Destaque para a baixa letalidade observada em Itamaraju (1,3%) e Santa Cruz de Cabrália (1,5%). Trata-se de indicador que permite avaliar a qualidade da assistência, mas que sofre grande influência do perfil demográfico, do acesso oportuno aos serviços de saúde e da cobertura da testagem, que define o denominador

Veja mais detalhes do período observado no boletim.

 

-->Recomendações para a região: 

A despeito da redução observada na ocorrência de novos casos e óbitos no Brasil e na Bahia segundo a média móvel de 2 semanas, observa-se aumento na incidência e da mortalidade no Brasil: média de 14,4 casos/dia/100 mil hab. e de 0,4 mortes/dia/100 mil hab.; e na Bahia: média de 12,0 casos/dia/100 mil hab. e 0,3 óbitos/dia/100 mil hab. – na semana de 12 a 18/09 na comparação com a semana de 05 a 11/09. Nos dez municípios onde a UFSB tem Unidade Acadêmica (UA) e/ou colégio universitário (CUNI), observa-se queda na ocorrência de novos casos, mas aumento do número de óbitos por COVID-19, se nos guiarmos pela média móvel de 2 semanas. Não se pode considerar, portanto, a epidemia sob controle seja qual for o critério, menos exigente (até 5 casos novos/dia/100 mil hab.) ou mais exigente (não mais que 1 caso/dia/100 mil hab.).

Recomenda-se aos governos cautela na flexibilização das medidas de redução de fluxo de pessoas e da oferta de leitos de UTI, e máxima transparência na divulgação das informações relativas à epidemia e à capacidade do SUS de atendimento à população (número de leitos clínicos e de UTI para Covid-19 disponíveis e ocupados). Em verdade, os municípios não têm como controlar a pandemia isoladamente, mesmo adotando políticas responsáveis, pois há ações que precisariam ser regionais, estaduais e interestaduais se quisermos que sejam efetivas.

Recomenda-se aos médicos muita cautela na prescrição da cloroquina ou da hidroxicloroquina, tendo em vista o risco de efeitos colaterais graves (principalmente arritmia cardíaca) se em associação com um macrolídeo (azitromicina).
Recomenda-se a todos os indivíduos a manutenção das medidas de higiene, do auto-isolamento domiciliar e a utilização de máscaras faciais (caseiras) sempre que precisar sair de casa.

 

-->Mapeando Iniciativas de Enfrentamento:

---- Na sexta-feira (25) acontece o sétimo encontro do “Ciclo Internacional Saúde com Arte no Desafio da Pandemia”. As rodas de conversa quinzenais acontecem desde julho e podem ser acompanhadas pelo endereço: https://meet.google.com/wnh-ovba-eoc a partir das 14h. O encontro desta semana terá a participação de Teresa Leite (Universidade Lusíada de Lisboa) e Diogo Marques (UFP; CLP-UC) e das professoras Raquel Siqueira e Susana de Noronha (organizadoras). O evento é resultado da parceria entre o Grupo de Pesquisa Saúde Coletiva, Epistemologias do Sul e Interculturalidades, coordenado pela professora Raquel Siqueira, da UFSB e pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, através da pesquisadora Susana de Noronha.

 

---- O projeto de extensão “Escuta Audiolivres: literatura, corpo e acessibilidade” terá, na próxima sexta-feira (25) live temática “Processos pedagógicos e meios de fruição inclusivos”, com a participação de Rafael Vanazzi (músico, pesquisador e educador da área de inclusão), Valdiria Souza (pesquisadora sobre acessibilidade cultural e comunicacional no teatro) e Lusinete Dantas (estudante da UFSB com deficiência visual). A live será transmitida a partir das 18h nas redes sociais do projeto.

 

--> Orientações para prevenção: 

Nesta edição, a equipe do Observatório destaca informações sobre medidas de biossegurança para lactantes, com medidas para reduzir qualquer risco de contaminação durante a amamentação e mais detalhes sobre os benefícios da alimentação com leite materno para a saúde do bebê e da mãe. Veja mais detalhes sobre as recomendações no boletim

 

Documento relacionado

Boletim nº 26 do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia (23/09/2020)

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