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Comitê Emergencial divulgou o 25º boletim semanal sobre a pandemia de covid-19 no Sul da Bahia

  • Publicado: Quarta, 16 de Setembro de 2020, 10h28
  • Última atualização em Sexta, 18 de Setembro de 2020, 15h31
  • Acessos: 1868

capa boletim cec 25O Comitê Emergencial de Crise da Pandemia de Covid-19 da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) publicou o 25º Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia nesta quarta-feira (16). Referindo-se ao período compreendido entre período compreendido entre os dias 05 a 11 de setembro no Sul e no Extremo Sul do estado da Bahia, o boletim apresenta os seguintes destaques:

-->Análise do panorama semanal nos municípios do Sul e Extremo Sul: Do total de 279.509 casos e 5.866 confirmados na Bahia até 11/09, 31.715 casos (11,3%) e 672 óbitos (11,5%) são de residentes em municípios onde a UFSB tem Unidade Acadêmica e/ou Colégio Universitário, o que corresponde a um incremento de 2.464 casos (4,7%) e 50 óbitos (8,0%) em relação ao acumulado até a semana anterior (30.293 casos e 622 óbitos).

Quanto ao risco de adoecer por COVID-19, apenas Porto Seguro (1.861,6/100 mil hab.) e Nova Viçosa (1.274,9/100 mil hab.) apresentaram Taxa de Ataque (TA) inferior à média estadual (1.879,3 casos/100 mil hab.), enquanto os demais apresentaram risco de infecção superior à taxa nacional (2.028,5 casos/100 mil hab.), com destaque para os municípios de Itabuna (5.365,3/100 mil hab.), Ilhéus (3.795,4/100 mil hab.), Itamaraju (3.127,8/100 mil hab.) e Ibicaraí (3.070,7/100 mil hab.). No intervalo de 04 a 11//09, excetuado Coaraci (6,7%), todos os demais municípios apresentaram variação negativa da incidência (número de casos novos ocorridos na semana de 05-11/09 menor do que na semana de 29/08 a 04/09), tendo sido de -42,3% a variação média nos municípios analisados. Merece destaque a redução observada nos municípios de Ilhéus (- 81,9%), Eunápolis (-53,9%), Nova Viçosa (-53,2%) e Itamaraju (-51,3%).

Quanto ao risco de morrer por COVID-19, Ilhéus (126,3 óbitos/100 mil hab.), Itabuna (102,2 óbitos/100 mil hab.) e Ibicaraí (87,6 óbitos/100 mil hab.) apresentaram coeficientes de mortalidade (CM) superiores à taxa nacional (61,8 óbitos/100 mil hab.), enquanto Teixeira de Freitas (69,1/100 mil hab.), Coaraci (47,1/100 mil hab.), Eunápolis (46,7) e Itamaraju (41,9/100 mil hab.) apresentaram CM inferiores à média nacional, mas superiores à média estadual (39,4 óbitos/100 mil hab.). Os demais municípios apresentaram risco de morrer inferior à média estadual. A exceção da variação positiva observada em Ibicaraí (400,0%), na média os municípios apresentaram variação negativa de -50,5% no número de óbitos ocorridos na semana de 05 a 11/09 na comparação com a semana de 29/08 a 04/09, com destaque para a redução observada em Ilhéus (-85,1%) e Porto Seguro (-78,6%). 

Quanto ao risco de morrer entre os já infectados pela COVID-19, apenas Ilhéus (3,3%) apresentou taxa de letalidade superior à do Brasil (3,0%), enquanto Ibicaraí (2,9%) apresentou Taxa de Letalidade superior à média da Bahia (2,1%), mas inferior à do Brasil em 11/09. Os demais municípios apresentaram taxa de letalidade inferior à média estadual. Destaque para a baixa letalidade observada em Itamaraju (1,3%) e Santa Cruz de Cabrália (1,3%). Trata-se de indicador que permite avaliar a qualidade da assistência, mas que sofre grande influência do perfil demográfico da população, do acesso oportuno aos serviços e da cobertura da testagem, que define o denominador (número de pessoas infectadas).

Veja mais detalhes do período observado no boletim.

-->Recomendações para a região: 

A despeito da redução observada na ocorrência de novos casos e óbitos, o Brasil e a Bahia, com CI de 13,3 e 10,9 casos/dia/100 mil hab., respectivamente, e CM de 0,3 óbitos/dia/100 mil hab. na última semana, ainda estão numa situação difícil para que se possa considerar a epidemia sob controle seja qual for o critério, menos exigente (até 5 casos novos/dia/100 mil hab.) ou mais exigente (não mais que 1 caso/dia/100 mil hab.). Por isso, mantém-se a recomendação de adoção de medidas de redução de fluxo de pessoas, ampliação da oferta de leitos de UTI, políticas emergenciais de mitigação dos efeitos sociais da pandemia e máxima transparência na divulgação das informações relativas à epidemia e à capacidade do SUS de atendimento à população (número de leitos clínicos e de UTI para Covid-19 disponíveis e ocupados), cuja falta de transparência impede uma avaliação precisa da oportunidade e adequação das medidas de flexibilização que estão atualmente em curso. Recomenda-se aos médicos muita cautela na prescrição da cloroquina ou da hidroxicloroquina, tendo em vista o risco de efeitos colaterais graves (principalmente arritmia cardíaca) se em associação com um macrolídeo (azitromicina).


Recomenda-se a todos os indivíduos a manutenção das medidas de higiene, do auto-isolamento domiciliar e a utilização de máscaras faciais (caseiras) sempre que precisar sair de casa.

 

--> Orientações para prevenção: 

Nesta edição, o foco das orientações recai sobre a saúde mental, em especial por conta do isolamento social em tempos de pandemia. Em todo o mundo, o mês de setembro é dedicado a falar sobre prevenção do suicídio e valorização da vida. Na última quinta-feira, 10 de setembro, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) divulgou alerta sobre possível aumento dos fatores de risco para suicídio devido ao contexto da pandemia por COVID-19. Por isso, a equipe do Observatório divulgou recomendações sugeridas pela psicóloga e consultora para manejo do estresse da ONU Brasil, Alessandra Faustino: 
-  Não se isole! O contato social é fator de proteção para a saúde mental. Portanto, apesar da necessidade de distanciamento físico, procure alternativas para manutenção dos vínculos sociais e afetivos com familiares e amigos. A tecnologia tem sido importante aliada nesse processo: uso de redes sociais, chamadas de vídeos, reuniões online, têm sido algumas alternativas utilizadas.
Divirta-se! Tente fugir do tédio e da ansiedade, planeje atividades de lazer que te mobilizem. Tente aprender algo novo ou ensine o que sabe a alguém próximo.
Cuide da sua saúde. Valorize uma alimentação saudável e tente realizar exercícios físicos regularmente. É muito importante manter-se ativo.
Peça ajuda! Se estiver se sentindo muito estressado, ansioso, com medo, desmotivado, triste e/ou depressivo, não hesite em pedir ajuda. Algumas atividades também podem amenizar sofrimentos enfrentados, como: tocar um instrumento ou praticar meditação.
Mantenha-se informado. Mas, cuidado com o excesso de informações e consulte sempre fontes confiáveis. Atenção às fake news!

-Religiosidade/Espiritualidade. Caso seja adepto de alguma religião ou prática espiritual que lhe transmita paz e tranquilidade, mantenha-a ativa.

Em relação às crianças:
o As crianças respondem ao estresse de diversas formas: ansiosas, retraídas, bravas, urinando na cama, etc. Estes comportamentos devem ser acolhidos de maneira solidária. Ouça as preocupações que os seus filhos trouxerem, valide os seus sentimentos e ofereça sempre cuidado, amor, carinho e atenção.
o O tédio também causa estresse. Geralmente, as crianças têm uma rotina estabelecida: horário de ir para a escola, de realizar atividades de casa, de brincar. Como, atualmente, isso tudo está alterado, é importante que uma nova rotina familiar seja estabelecida com horários pré-estabelecidos para estudar e brincar. Sempre que possível, tente participar desses momentos.
o Informe e explique: a imaginação das crianças pode levá-las a sofrerem com angústias e medos. Portanto, sempre forneça informações sobre o que está acontecendo. Explique o que é a pandemia, como alguém fica doente e como se prevenir. Em linguagem clara e acessível a
idade delas.

Veja mais detalhes sobre as recomendações no boletim

 

Documento relacionado

 

Boletim nº 25 do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia (16/09/2020)

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