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Grupo de pesquisa GRIETA divulga atividades de pesquisa, extensão e publicações

  • Publicado: Quinta, 29 de Agosto de 2019, 14h34
  • Última atualização em Quinta, 05 de Setembro de 2019, 15h05
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O grupo de pesquisa GRIETA divulgou várias atividades realizadas no âmbito da pesquisa, da extensão e da divulgação científica. O coordenador, professor Rafael Siqueira Guimarães, fez uma retrospectiva que inclui defesas de dissertações de integrantes do grupo, eventos e publicações relacionadas às investigações.
 
Durante os meses de março e maio de 2019, o grupo realizou a atividade de extensão Capacitação continuada em gênero e sexualidades para profissionais de educação e saúde, que consistiu em formações para profissionais não-docentes da educação básica, bem como a profissionais da atenção básica em saúde. A atividade aconteceu em forma de oficinas e rodas de debate com merendeiras/os, profissionais de serviços gerais, porteiras/os, técnicas/os administrativas/os e agentes comunitárias/os de saúde, sendo importante espaço de formação sobre gênero e sexualidades para profissionais que em geral são alijadas/os das formações continuadas. A ação foi desenvolvida com apoio financeiro do Edital de Extensão/2018 da PROSIS e em parceria com a Prefeitura Municipal de Ilhéus.
 
grieta 01Marianne Góis Barbosa, integrante do Grieta, defendeu sua pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) no dia 25 de julho, no espaço do Teatro Popular de Ilhéus. A dissertação, chamada O Corpo em Nós: Identidades Dissidentes e suas Fluências Anarcocriativas em Educação, é resultado de um processo de pesquisa-ação no interior de uma instituição de abrigo de adolescentes em Ilhéus e teve como produto a construção de uma websérie colaborativa entre artistas da região sul da Bahia e as adolescentes. As professoras Daniela Galdino (UNEB e PPGER) e Ana Cristina Peixoto (PPGER) compuseram a banca examinadora, bem como Tailane Neves, uma das adolescentes co-criadoras do trabalho. Segundo a adolescente, causando muita emoção na plateia, de mais de 70 pessoas, "foi um projeto que transformou nossa forma de falarmos sobre nós". Além da banca examinadora, como tem já se configurado como um modo do grupo de pesquisa de descolonizar os espaços acadêmicos, houve apresentações poéticas e de hip hop das artistas Moa Venus e Má Reputação, além de uma moquecagem do orientador, professor Rafael Guimarães. Segundo a mestranda, "foi um processo de construção em que tive que me rever como psicóloga, como artista, como educadora e também como mulher, com todas as peculiaridades que cada uma destas identidades significam para mim".
 
Na semana seguinte, o professor e líder do GRIETA Rafael Guimarães participou como convidado do Simpósio Arte como potência de si, durante o XV Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (ENECULT), na Universidade Federal da Bahia (UFBA)nos dias 02 e 03 de agosto. A convite do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Cultura e Sexualidade (NUCUS), o professor divulgou parte do projeto de pesquisa Performance em artistas cuir latinoamericanes, realizado pelo grupo com financiamento de bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica recebidas da FAPESB e do CNPq e também com apoio para nova fase do estudo recebida por edital da PROPPG/UFSB. Durante o ENECULT, o professor esteve no lançamento do livro organizado pelo professor Leandro Colling, do NUCUS, Artivismos das dissidências sexuais e de gênero, publicado pela EDUFBA, no qual também possui, em conjunto com outro pesquisador do GRIETA, professor Cleber Braga (UNIFAP e PPGER), um capítulo, intitulado Ruídos anti-hegemônicos na música pop brasileira contemporânea: dissidências sexuais e de gênero, também resultado da pesquisa mencionada.
 
grieta 03Outra pesquisa realizada pelo grupo, fruto da dissertação da mestra Isabella Santos Silva, Cursinho Preparatório para o ensino superior: garantia de práticas no ensino básico de condições de acesso às Universidades para pessoas LGBTI e demais minorias sociais, acaba de ser publicado na Revista BAGOAS - Estudos gays, gêneros e sexualidades, editada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A publicação marca a produção da primeira mulher trans mestra em todo o território sul e extremo sul da Bahia e divulga trabalho importante realizado no âmbito da educação. Em fase de edição, o terceiro volume de Gênero e Cultura: perspectivas formativas, trabalho coletivo em rede, envolvendo tanto o GRIETA como o NUTECCA/IFSP e a pesquisadora transfeminista Viviane Vergueiro, está com previsão de lançamento em dezembro de 2019. O segundo volume da coleção, lançado no final de 2018, possui capítulos de Isabella Santos Silva e de Flávio de Matos, integrantes do GRIETA. Ainda em agosto, o mestrando do PPGER e membro do GRIETA, Josivaldo Câmara, irá apresentar seu trabalho Corpos negros em espaços de educação formal e não-formal em uma perspectiva de arte durante o Colóquio Dramaturgias da Cena Negra no Brasil e na América Latina, promovido pelo curso Artes do Corpo em Cena, no Campus Sosígenes Costa, que é parte de seu processo de pesquisa sobre o Grupo de Teatro Negro Mário Gusmão, de Pau Brasil.
 
Em setembro será a vez da mestranda Ronara Chagas Santos defender sua pesquisa no PPGER, no dia 19, às 14 horas, no Campus Jorge Amado. O trabalho intitulado Remanescências do Fórum Pró-lei 10.939/03 na Educação Básica em municípios do Sul da Bahia: um olhar cartográfico social encerra o primeiro ciclo de defesas do GRIETA na primeira turma do PPGER. O professor Rafael avalia que se trata de "pesquisas importantes para o território e que, apesar das dificuldades de falta de bolsas e cortes, cumpriu todas dentro do prazo estabelecido pela CAPES como ótimo, de 24 meses". Como de costume, na banca examinadora, além da presença das professoras Ana Cristina Peixoto (PPGER) e Jeanes Larchert (UESC), também estará presente Jorge Rasta, da Casa do Boneco de Itacaré, instituição que fez parte do fórum pesquisado pela mestranda.
 
Também em setembro se encerra o prazo para a submissão de propostas para o dossiê Migrações territoriais, sexuais e de gênero: dissidências interseccionaisque sairá ainda este ano pela Revista Periódicus, da UFBA. A organização é dos professores Rafael Guimarães e Cleber Braga, membros do GRIETA, em conjunto com a pesquisadora mexicana Sayak Valencia, do El Colef, instituição com a qual o grupo estabeleceu um importante convênio de cooperação em 2018. Conforme o professor Rafael, o convênio é amplo e pode abranger toda a comunidade da UFSB.
 
Para o mês de outubro, outro pesquisador do GRIETA e mestrando do PPGER, Egnaldo França, promove o evento As influências negras na dança e no teatro brasileiro, a realizar-se no Campus Jorge Amado no dia 24 de outubro, como parte de seu processo de formação e pesquisa. 
 
Com imagens e informações por Rafael Siqueira Guimarães
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