TVE exibe filmes de cineastas indígenas sobre a pandemia apoiados por pesquisa da UFSB
A TVE Bahia exibe, a partir desta quinta (7), a mostra “Povos Indígenas e Pandemia”, composta por dez filmes produzidos por cineastas indígenas que participaram, em 2021, da pesquisa Respostas Indígenas à COVID-19 no Brasil: arranjos sociais e saúde global (PARI-c). A pesquisa, que reuniu, em todo o país, mais de 100 pesquisadores indígenas e não indígenas, foi resultado de parceria entre equipes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade de São Paulo (USP) e City, University of London.
As sessões ocorrerão durante três semanas. No dia 7, serão exibidos os filmes “Plantando Água”, que mostra a luta do povo Kapinawá, do sertão de Pernambuco, para desenvolver alternativas próprias de abastecimento de água durante a pandemia; “Nossos espíritos seguem chegando”, que narra a saga de uma grávida guarani frente a ameaça da Covid-19; “O mato pataxó e as vacinas”, apresentando a visão da pajé Japira sobre a doença causa pelo SARS-CoV2.
Desenvolvida ao longo de 2021 de forma inteiramente remota, a pesquisa contou com uma rede de pesquisadores indígenas e não indígenas em todo o território brasileiro, visando registrar e analisar como os povos indígenas vivenciaram a pandemia da COVID-19. Além de mais de 50 textos, entre notas etnográficas e estudos de caso, editados em português e inglês, o trabalho resultou, até agora, na criação de 18 documentários de curta-metragem realizados por cineastas indígenas e na produção de uma série de seis podcasts, em parceria com a produtora Rádio Tertúlia.
Na região Nordeste, a equipe da PARI-c foi coordenada pelo antropólogo Spensy Pimentel, professor da UFSB em Porto Seguro, e envolveu cooperação com pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto Federal do Piauí (IFPI) e Universidade Federal do Tocantins (UFT), bem como com pesquisadores indígenas dos povos Pataxó, Pataxó Hã-hã-hãe, Tupinambá de Olivença, Kapinawá, Potiguara, Guajajara e Pankararu, entre outros.
Os textos da pesquisa estão disponíveis em www.pari-c.org; os filmes, no canal da PARI-c no Youtube; os podcasts, no canal da Rádio Tertúlia. A PARI-c teve financiamento do United Kingdom Research and Innovation, do National Institute for Health Research e do Medical Research Council.
Veja abaixo a programação completa da mostra:
- Mostra “Povos Indígenas e a Pandemia” na TVE Bahia
A partir do dia 07, quinta, às 20h
Dia 07, 20h
– “Plantando Água”, de Graciela Guarani;
- “Nossos espíritos seguem chegando”, de Ariel Ortega e Bruno Huyer;
- “O mato pataxó e as vacinas”, de Japira Pataxó, Kefas Matos e Victor Miranda;
Dia 14, 20h
– “Saúde da Terra – Visões pataxó hã-hã-hãe sobre a pandemia”, de Olinda Muniz Wanderley;
- “Fé na Aruanda”, de Vanúzia Pataxó;
- “Conseguimos! As mulheres rio-negrinas e a Covid-19”, de Paulo Desana e Raquel Uendi;
Dia 21, 20h
– “Caruru em tempo de Covid na aldeia Tupinambá da Serra do Padeiro”, de Glicéria Tupinambá;
- “Elemento estranho”, de Graciela Guarani;
- “Ketungitüngi Aitsükü - Sinais para cuidar do mundo”, de Peiecu Kuikuro;
- “O papel das mulheres Gavião Ikólóéhj”, de Eloá Gavião, Matilde Gavião e Gicele Sucupira.
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