Programa de Residência Pedagógica da UFSB realiza seu Seminário Final de Avaliação  

Entre os dias 14 e 18 de março de 2022, a Coordenação Institucional do Programa Residência Pedagógica (PRP) da UFSB, o corpo de docentes orientadores(as) do projeto, os(as) preceptores(as) das escolas-campo e os(as) residentes bolsistas realizaram o Seminário Final de Avaliação do Programa de Residência Pedagógica da UFSB, que contou com cerca de 100 participantes. O objetivo do evento foi abrir um espaço para que as experiências dos(as) participantes fossem apresentadas e para que se avaliasse o que funcionou e o que não foi possível efetivar, considerando-se especialmente o difícil e delicado período de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em que o PRP foi implementado.

Ao longo de uma semana, sempre das 19h às 22h, docentes orientadores(as), preceptores(as) e estudantes dos três campi se reuniram de modo virtual para avaliar o trabalho realizado de novembro de 2020 a março de 2022 pelo Programa. O evento começou no dia 14/03 com uma oficina ministrada pelo Prof. Leandro Gaffo sobre Cinema na sala de aula. Na terça-feira, 15/03, estudantes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) participaram como convidadas do Seminário, com relatos sobre os trabalhos desenvolvidos no projeto Banca das Ciências, coordenado pelo Prof. Dr. Émerson Ferreira Gomes, da mesma instituição. Nos dias 16 e 17/03, foram organizados painéis de atividades por grupos, nos quais residentes que atuaram conjuntamente apresentaram suas experiências docentes. Finalmente, na sexta-feira, 18/03, os/as participantes se reuniram por áreas de modo intercampi, conversando sobre as experiências nos três campi e em escolas-campo diferentes e, num segundo momento, houve uma roda de conversa em que se discutiu o que foi possível fazer e para o que é preciso olhar com atenção numa próxima edição do Programa na UFSB. Surgiram ao longo do Seminário debates sobre a formação docente, os desafios do contexto pandêmico, as ações possíveis nas escolas, as parcerias de sucesso entre residentes e preceptores(as), além de reflexões profundas sobre as intensas experiências vividas nos pequenos grupos, as dificuldades enfrentadas, a necessidade de se trabalhar a interdisciplinaridade de modo articulado com maior peso em um futuro projeto, a falta que faz a presencialidade e, sobretudo, a formação que o PRP propiciou para que residentes possam colocar a docência em prática e que possam seguir aprendendo sobre ela ao longo da vida.

Como avaliação do evento, a residente Graziele dos Santos Camargo, do núcleo de áreas prioritárias do CPF, afirmou que “a partilha com os residentes de outros campi foi muito interessante; o debate sobre o que funcionou e o que poderia ter sido melhor mostrou que apesar dos desafios muito parecidos que encontramos, as coisas funcionaram de maneiras diferentes nos campi”. Já a residente Eryka Cruz Silva, do núcleo de áreas prioritárias do do CJA, considerou: “Finalizamos esse Seminário com muito orgulho e satisfação. Acredito ser necessário esse compartilhamento de conhecimento adquirido em todo projeto entre os residentes. Espero colocar em prática tudo que aprendi durante todos os módulos da RP e durante toda a minha formação da UFSB”. A preceptora do núcleo de áreas prioritárias do CSC, Leinah Souza, observou que “foi maravilhoso demais ver os pontos positivos e negativos do desenvolvimento de cada subgrupo. Fica claro que, apesar dos desafios enfrentados, a residência contribuiu para capacitar cada residente”. E a professora Ana Cristina Peixoto, da LI em Linguagens, docente orientadora do Programa, avaliou que o PRP é “um projeto muito importante para a Universidade por promover a aproximação com a educação básica e por possibilitar aos estudantes das licenciaturas vivenciar as realidades escolares em sua formação inicial, especialmente neste momento de pós pandemia. As noites foram repletas de experiências significativas relatadas pelos(as) estudantes de diversas áreas que compõem o projeto e convidados(as), trazendo à tona novas formas de ensinar e aprender. Constatamos através dessas experiências que nossos(as) alunos(as), mesmo distantes do ambiente físico da escola, tiveram a oportunidade de trocar conhecimentos com outros(as) colegas e com alunos(as) das escolas-campo, contribuindo assim com o fortalecimento dos nossos laços com a educação básica do Sul e Extremo Sul baiano”.

Nesta edição do Programa, cuja implementação data de novembro de 2020, o projeto contou com 96 residentes bolsistas, 12 preceptores(as) bolsistas – professores(as) das redes municipal, estadual e federal –, e 14 docentes da UFSB, entre bolsistas e voluntários. Participam do PRP como docentes orientadores(as) Ana Cristina Peixoto, Luana Oliveira Sampaio, Vinícius de Amorim Silva (Campus Jorge Amado); Eliseu Alves da Silva, Liziane Martins, Gessé Almeida Araújo e Leandro Gaffo (Campus Paulo Freire); e Francisco Nascimento, Sérgio Barbosa de Cerqueda, Taianá Silva Pinheiro, Clarissa Santos Silva, Daniel Puig, Ivana Maria Gamerman e Sérgio Martins Pereira (Campus Sosígenes Costa). Os trabalhos foram desenvolvidos em cada um dos cinco núcleos do projeto, organizado em dois subprojetos, um interdisciplinar articulando as áreas de Língua Portuguesa, Ciências da Natureza e Matemática e outro interdisciplinar nas áreas de Humanidades (História e Sociologia) e Artes.

O PRP é fomentado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), faz parte da Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) e foi implantado em novembro de 2020 pela Pró-reitoria de Gestão Acadêmica na UFSB.

Texto encaminhado por Gabriela Rodella