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Coleção Didático-Científica de Lixo Marinho da UFSB é lançada na Semana de Acolhimento

  • Publicado: Quarta, 29 de Maio de 2019, 10h04
  • Última atualização em Quarta, 29 de Maio de 2019, 10h07
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Coleção lixo marinho 3Como parte da Semana de Acolhimento da UFSB, a Coleção Didático-Científica de Lixo Marinho da UFSB está ficando em exposição ao lado do Painel Indígena (Campus Sosígenes Costa – UFSB), no período de 27 a 29 de maio de 2019. Na sequência (de 30 de maio a 01 de junho), a Coleção ficará exposta no Centro Histórico de Porto Seguro, das 9:00 às 16:00hs, como parte das atrações do II Festival de Aves de Porto Seguro.

A partir dos dados e materiais do referido projeto, a equipe coordenada pelo Prof. Leonardo Evangelista Moraes está montando a Coleção Didático-Científica de Lixo Marinho da UFSB, a qual está sendo estruturada para servir de referência para estudos futuros, bem como para ações de Educação Ambiental voltadas para a sensibilização dos impactos gerados pelo lixo marinho.

Embora ainda esteja em seu estágio inicial, o acervo da coleção já conta com peças curiosas. Dentre elas, destacam-se a peça de navio da Síria, a caixa de leite da Alemanha, a garrafa de vidro do Japão e a garrafa de água mineral do Bangladesh que foram encontradas na Praia de Ponta Grande (Porto Seguro) e são testemunhas da importância das correntes marítimas no transporte destes materiais.

Entender as características e impactos do lixo nos diversos ecossistemas marinhos é a base para a definição de estratégias para a mitigação dos problemas gerados. Neste sentido, o Prof. Leonardo , com o apoio das discentes Milena Lopes (BI Ciências) e Naisangela Carrilho (PPGCTA), bem como com parcerias com a Universidade Estadual de Feira de Santana e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vem coordenando o projeto de Pesquisa intitulado “Composição, abundância e distribuição de lixo marinho em praias do Sul da Bahia”. Este projeto tem o objetivo de entender as características, as origens e os fatores que promovem a distribuição do lixo em praias do litoral da Bahia, em especial no Sul do Estado.

Em todo o mundo, os resíduos sólidos antropogênicos (RSA, também conhecido como lixo) se constituem em um dos maiores problemas ambientais da atualidade. Devido à inadequada gestão dos resíduos sólidos urbanos e ao seu descarte acidental ou intencional no meio ambiente, o lixo gerado nas mais diversas atividades antrópicas vem se acumulando nos ecossistemas aquáticos, os quais estão se transformando em verdadeiros lixões.

 

Coleção lixo marinho 4

 

Praticamente todo tipo de material descartado pelo ser humano pode ser encontrado em mares e oceanos.  No entanto, os plásticos respondem por cerca 60 a 90% de todo o lixo marinho, e isso se deve ao atual sistema de produção, utilização e abandono de resíduos descartáveis e persistentes, como os plásticos, o qual gera produtos que são utilizados apenas uma vez e descartados em seguida.

Estimativas alarmantes apontam que, em 2050, os resíduos plásticos serão mais abundantes do que os peixes nos oceanos, conforme aponta o estudo “Threat of plastic pollution to seabirds is global, pervasive and increasing”, publicado em 2015 na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Portanto, o lixo marinho é um problema o qual todas as pessoas são responsáveis, e que impacta mares e oceanos de modo generalizado e pode representar desde um problema para a saúde dos organismos aquáticos e do próprio ecossistema, bem como representar impactos econômicos e sociais.

 

Fotos e texto: Leonardo Moraes

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