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Coletivo de Mulheres Negras discentes do PPGES oferece serviço gratuito para candidatas(os) cotistas

  • Publicado: Sexta, 10 de Agosto de 2018, 09h00
  • Última atualização em Quinta, 09 de Agosto de 2018, 17h37
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Dandaras. Este é o nome do Coletivo de Mulheres Negras discentes do Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade (PPGES) da UFSB. Projeto Monitoria Voluntária é o título da ação proposta pelo Coletivo, que oferece colaboração gratuita as(os) candidatas(os) com perfil cotista que pretendem se inscrever no processo seletivo do PPGES de 2019 na categoria Política Afirmativa (negros, indígenas, pessoa com deficiência e pessoa trans). 

As proponentes informam que o objetivo é atuar pela efetividade da política de cotas por meio do acompanhamento das(os) candidatas(os) em todas as etapas do processo seletivo. As atividades são exclusivas para quem se inscrever pelas cotas. Envolvem dicas de inglês, orientações para prova oral, dicas para elaboração e revisão de anteprojeto, instruções sobre preenchimento do Currículo Lattes, além de aulões presenciais para discutir os textos da prova de conhecimentos. 

A proposta surgiu da observação crítica das discentes sobre o modo como as cotas foram implementadas em editais anteriores. “Pensando em aplicarmos as cotas conforme determina a Lei de Cotas para concursos públicos, Lei 12.990/14, enviamos uma carta ao Colegiado do Programa, sugerindo a inserção de trechos da lei no edital para ingresso em 2019”, explica Eva Dayane Almeida de Góes, mestranda da primeira turma no PPGES. Eva complementa, dizendo que as mulheres do Coletivo perceberam que estudantes regulares do Programa poderiam colaborar com candidatas(os) na seleção deste ano. “A ideia é que mais negras(os) consigam ter acesso à pós-graduação, pois os números ainda são muito baixos.”

Com o amadurecimento do projeto, o grupo decidiu ampliar suas ações para todos os perfis de cotistas, incluindo também indígenas, pessoas trans e pessoas com deficiência. E, para contribuir com as atividades de monitoria, conseguiram o apoio de estudantes e docentes que não são do Coletivo Dandaras e outras parcerias externas à UFSB.

Para o professor do Campus Sosígenes Costa (CSC), militante e colaborador do projeto, Gabriel Nascimento, a ação é importante porque “há um gap para nosso povo, que não fez Iniciação Científica porque as pessoas estavam trabalhando, estavam sendo mães. Há uma série de empecilhos colocados diariamente na vida de mulheres negras”. O docente, que vai participar ajudando na preparação e adequação de projetos de pesquisa, destaca a relevância do Coletivo, por ter surgido do PPGES, um dos primeiros programas de pós-graduação da UFSB.

Outro aspecto ressaltado por Gabriel Nascimento diz respeito ao projeto regional que a UFSB representa. Ele entende que, “se não tiver um projeto que incentive a entrada de mulheres negras, não teremos um retrato da região na pós-graduação. Mesmo na área de formação de professores, é baixa a presença de mulheres negras nos cursos das instituições de ensino superior”. Ele conclui, animado, dizendo que todas(os) estão muito empenhadas(os), e que “o PPGES deu um grande salto qualitativo”.

Interessadas(os) pelos serviços oferecidos podem procurar as organizadoras pelo endereço eletrônico, informando o perfil da cota da sua inscrição e um telefone de contato. Para mais informações e inscrição, entrar em contato pelo endereço: monitoriavoluntariappges2019@gmail.com

 

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