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Marcha pela vida: Modos de cuidar e conhecimentos do território

  • Publicado: Segunda, 08 de Junho de 2020, 16h21
  • Última atualização em Segunda, 08 de Junho de 2020, 16h22
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Mais de 45 entidades científicas, educacionais, religiosas, e organizações sociais nos convocam a uma Marcha pela Vida (veja aqui o manifesto: http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/marcha-pela-vida/ ). Este chamado expressa a catástrofe civilizacional que estamos vivendo. Aqui no Brasil a crise sanitária tem cada vez mais se mostrado um instrumento do genocídio histórico e estrutural da população negra, indígena, pobre, e agora também dos sábios anciãos, verdadeiras bibliotecas das culturas ancestrais que tecem a diversidade e riqueza da sociedade brasileira. Nesta trágica Marcha, acreditamos que é o momento da Universidade escutar e dialogar com os saberes e práticas milenares dos cuidados de representantes destes povos que vêm resistindo ao genocídio.

Participam deste diálogo:

Cacique Babau, liderança da luta do povo Tupinambá da Serra do Padeiro, conhecido internacionalmente pela sua sabedoria, resistência, e pelas denúncias que fez sobre os ataques e perseguições das forças policiais e dos jagunços contra seu povo que milenarmente vem defendendo seu território, sua autonomia e sua ancestralidade.

Andreia Beatriz Silva dos Santos, médica de família e comunidades, com atuação no sistema prisional. É componente da organização politica Reaja Ou Será Morta, Reaja Ou Será Morto e vem atuando em várias frentes na denúncia do genocídio contra o povo negro no Brasil.

Joelson Ferreira, liderança do Assentamento Terra Vista, articulador da Teia dos povos, atuante na luta pela agroecologia, pela guarda e disseminação de sementes crioulas entre povos quilombolas, indígenas,  assentamentos e reservas extrativistas. Intelectual e mestre dos saberes tradicionais, Joelson promove a formação de gerações, pautada na defesa da terra e do território, das águas e na construção da soberania alimentar e autonomia econômica das comunidades tradicionais.

Dirceu Benincá, professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Paulo Freire em Teixeira de Freitas/BA, onde é um dos idealizadores do Curso de Especialização em Agroecologia e Educação do Campo. Coordena a Feira da Agricultura Familiar, um espaço de encontro e diálogo entre a comunidade acadêmica, as escolas da cidade, os movimentos sociais e agricultores que produzem com base na agroecologia.

O diálogo será mediado por Tássio Ferreira, professor da UFSB (Campus Jorge Amado) e Taata Dya Nkisi (Sacerdote) do Unzó ia Kisimbi ria Maza Nzambi (Casa da fonte das águas puras de Deus) em Simões Filho-Ba.

Endereço para a mesa: 
amerindias.art.br

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