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DSIS

Lançamento da Coleção Didático-Científica de Lixo Marinho da UFSB

  • Publicado: Segunda, 03 de Junho de 2019, 15h51
  • Última atualização em Segunda, 03 de Junho de 2019, 16h14
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Como parte da Semana de Acolhimento da UFSB, a Coleção Didático-Científica de Lixo Marinho da UFSB ficou em exposição ao lado do Painel Indígena (Campus Sosígenes Costa – UFSB) no período de 27 a 29 de maio de 2019. Na sequência (de 30 de maio a 01 de junho), a Coleção ficará exposta no Centro Histórico de Porto Seguro, das 9:00 às 16:00hs, como parte das atrações do II Festival de Aves de Porto Seguro.

A partir dos dados e materiais do referido projeto, a equipe coordenada pelo Prof. Leonardo está montando a Coleção Didático-Científica de Lixo Marinho da UFSB, a qual está sendo estruturada para servir de referência para estudos futuros, bem como para ações de Educação Ambiental voltadas para a sensibilização dos impactos gerados pelo lixo marinho.

Embora ainda esteja em seu estágio inicial, o acervo da coleção já conta com peças curiosas. Dentre elas, destacam-se a peça de navio da Síria, a caixa de leite da Alemanha, a garrafa de vidro do Japão e a garrafa de água mineral do Bangladesh que foram encontradas na Praia de Ponta Grande (Porto Seguro) e são testemunhas da importância das correntes marítimas no transporte destes materiais.

Entender as características e impactos do lixo nos diversos ecossistemas marinhos é a base para a definição de estratégias para a mitigação dos problemas gerados. Neste sentido, o Prof. Leonardo Evangelista Moraes, com o apoio das discentes Milena Lopes (BI Ciências) e Naisangela Carrilho (PPGCTA), bem como com parcerias com a Universidade Estadual de Feira de Santana e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vem coordenando o projeto de Pesquisa intitulado “Composição, abundância e distribuição de lixo marinho em praias do Sul da Bahia”. Este projeto tem o objetivo de entender as características, as origens e os fatores que promovem a distribuição do lixo em praias do litoral da Bahia, em especial no Sul do Estado.

Em todo o mundo, os resíduos sólidos antropogênicos (RSA, também conhecido como lixo) se constituem em um dos maiores problemas ambientais da atualidade. Devido à inadequada gestão dos resíduos sólidos urbanos e ao seu descarte acidental ou intencional no meio ambiente, o lixo gerado nas mais diversas atividades antrópicas vem se acumulando nos ecossistemas aquáticos, os quais estão se transformando em verdadeiros lixões.

Praticamente todo tipo de material descartado pelo ser humano pode ser encontrado em mares e oceanos.  No entanto, os plásticos respondem por cerca 60 a 90% de todo o lixo marinho, e isso se deve ao atual sistema de produção, utilização e abandono de resíduos descartáveis e persistentes, como os plásticos, o qual gera produtos que são utilizados apenas uma vez e descartados em seguida.

Estimativas alarmantes apontam que, em 2050, os resíduos plásticos serão mais abundantes do que os peixes nos oceanos, conforme aponta o estudo “Threat of plastic pollution to seabirds is global, pervasive and increasing”, publicado em 2015 na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Portanto, o lixo marinho é um problema o qual todas as pessoas são responsáveis, e que impacta mares e oceanos de modo generalizado e pode representar desde um problema para a saúde dos organismos aquáticos e do próprio ecossistema, bem como representar impactos econômicos e sociais.

 

Foto e texto: Profº Leonardo Moraes - Coordenador de Sustentabilidade

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