Egressa da UFSB fala sobre o período de estudos de empreendedorismo social nos EUA
A vertente social do empreendedorismo merece atenção. Trata-se da união de conceitos de gestão a temas e causas de interesse coletivo. A estudante Aíla Marinho Gomes, egressa do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades do Campus Jorge Amado, retornou de um período intensivo nos Estados Unidos, no qual participou do Study of the United States Institute(SUSI) para estudantes líderes no tópico Empreendedorismo Social. Ela recebeu a notícia de aprovação no programa em novembro de 2018 e permaneceu parte dos meses de janeiro e fevereiro junto ao Institute for Training and Development (ITD) na cidade de Amherst, Massachusetts. A participação de Aíla no intercâmbio teve a atuação e o suporte da Assessoria de Relações Internacionais da UFSB.
Após diversas atividades desenvolvidas por Aíla junto à sua turma no SUSI, resta o desafio de desenhar e implantar um projeto comunitário no retorno ao local de origem. A discente fala da experiência e do que ela pretende desenvolver em Itabuna.
ACS - Como foi estar e estudar nos Estados Unidos nesse período?
Aíla Marinho Gomes - Foi uma experiência incrível, eu pude conhecer melhor a cultura e as pessoas e a partir disso mudar algumas imagens que fazemos quando estamos de fora de uma situação. Para nós que somos da Bahia, nada pode nos preparar para uma sensação térmica de vinte graus negativos, mas o nosso grupo era composto apenas de pessoas incríveis, e toda a equipe do ITD foi tão cuidadosa e prestativa, que qualquer adversidade causada pelo frio era facilmente transformada em algo divertido.
ACS - O que essa fase intensiva de estudos sobre empreendedorismo social trouxe de diferente para a sua visão de mundo?
Aíla Marinho Gomes - Eu acredito que é importante avaliar o que podemos aperfeiçoar ou mudar nas áreas que vivemos, e se formos observar nossa região Itabuna e Ilhéus é raro encontrarmos iniciativas de voluntariado ou de empreendedorismo social por aqui fora do ambiente acadêmico. Então além de todo o conhecimento teórico adquirido, o SUSI também me abriu os olhos para uma visão crítica da ausência ou raridade de tão necessários projetos sociais na nossa comunidade, tanto pela pouca cultura que temos no desenvolvimento desses projetos, quanto pela falta de subsídio público para a criação e condução dos mesmos.
ACS - No sentido operacional, o que você percebe que esse período vai agregar na sua atuação?
Aíla Marinho Gomes - Já está agregando: todas as aulas e experiências com liderança e empreendedorismo, que são o enfoque do SUSI for student leaders, me trouxeram uma nova visão e exercício de habilidades que já estou colocando em prática na vida pessoal e principalmente na vida acadêmica.
ACS - Que projeto comunitário você pretende desenvolver aqui em Itabuna?
Aíla Marinho Gomes - No momento é um pouco difícil conciliar a vida acadêmica com o desenvolvimento de um projeto novo, considerando os que já faço parte. Estou articulando um projeto pro futuro junto a uma escola de ensino médio da rede pública aqui de Itabuna com mulheres jovens em idade escolar; entretanto, acho que só funcionará no ano que vem.
ACS - Como você avalia o suporte da ARI da UFSB para essa participação?
Aíla Marinho Gomes - Fundamental, considerando que foi através da mesma que o SUSI me foi possibilitado, agradeço a confiança e a consideração em mim e com a qual fui tratada antes, durante e depois de todo esse processo.
Texto - ACS - UFSB
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