Primeira dissertação defendida no PPGCS investigou viabilidade de agricultura urbana e periurbana contra insegurança alimentar
O Programa de Pós-graduação em Ciências e Sustentabilidade (PPGCS) teve a primeira banca de defesa de dissertação no dia 30 de junho, no Campus Paulo Freire, em Teixeira de Freitas. A primazia coube ao discente Eduardo Fernandes Martinello, que apresentou e teve aprovada a dissertação intitulada Agricultura Urbana e Periurbana como estratégia de combate à insegurança alimentar: uma análise das viabilidades para a implantação. A orientação do trabalho foi do professor Wanderley de Jesus Souza, que presidiu a banca. Os examinadores foram os professores Dirceu Benincá (UFSB / PPGCS), Sérgio Nascimento Duarte (USP / ESALQ) e Moisés Savian (IFB).
O projeto do recém-mestre Eduardo Fernandes Martinello trata da questão da produção de alimentos em escala local como uma ação de combate à insegurança alimentar nas cidades brasileiras. Conforme o resumo do trabalho postado na página do PPGCS, considerando apenas o ano de 2021 o Brasil teve cerca de 125 milhões de pessoas que passaram por situação de insegurança alimentar - isto é, viveram restrição de quantidade e qualidade de alimentos disponíveis em sua residência em grau leve, moderado ou grave, podendo ter experimentado a fome. Isso em um país no qual é comum haver espaços urbanos não-edificados que poderiam ser aproveitados para produção agrícola e atender parte da demanda local.
O estudo conduzido por Martinello partiu desses dados para investigar características ambientais e socio-econômicas de uma comunidade no município de Araranguá, no extremo sul de Santa Catarina, como objeto de pesquisa. Os dados apontam para a viabilidade de implantação de áreas de agricultura urbana e periurbana naquela localidade, o que contribuiria para aumento da oferta de alimentos e o combate à fome e à insegurança alimentar. Esse objetivos se alinham com os descritos na agenda de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) nos objetivos 2, 11 e 12, como indica a pesquisa, que correspondem à Fome Zero, Cidades e Comunidades Sustentáveis e Consumo e Produção Responsáveis, respectivamente.
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