Autoavaliação e Planejamento Estratégico
Autoavaliação dos Programas de Pós-Graduação da UFSB
Apresentação (Quadriênio 2021-2024)
A autoavaliação do Programa de Pós-graduação (PPG) é um processo de autoconhecimento, coordenado pela Comissão de Autoavaliação de cada PPG e alinhada às avaliações da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFSB externas da CAPES. É um momento de construção coletiva e diagnóstica, que subsidia a tomada de decisão e a definição de prioridades e possibilidades de transformação na trajetória institucional. É um processo permanente de análise das ações. Segundo orienta o Relatório do GT de Autoavaliação da CAPES (Autoavaliação de Programas de Pós-Graduação (Relatório Grupo de Trabalho CAPES) (20219) e Ficha de Avaliação (Grupo de Trabalho CAPES) (2019)).
É um processo autogerido pela comunidade acadêmica e avaliativo conceituado. A comunidade tem a titularidade da avaliação. Envolve a participação de distintos atores da academia ou externos a ela (docentes, discentes, egressos, técnicos e outros), nos níveis hierárquicos diversos, dos estratégicos aos mais operacionais. Seus resultados são melhor apropriados quando são frutos do trabalho participativo.
A autoavaliação deverá estar conforme aos planos de desenvolvimento institucionais de ensino, pesquisa e extensão, além do de Internacionalização da universidade. Neste sentido, à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação atua para apoiar os PPGs da UFSB no processo de autoavaliação dos PPGs.
1. O que é a autoavaliação?
A autoavaliação é o processo de se avaliar a si próprio, por vezes também chamada avaliação interna ou avaliação institucional, quando referida às organizações. Seu principal objetivo é formativo, de aprendizagem. Uma vez que é planejada, conduzida, implementada e analisada por pessoas, elas próprias formuladoras e agentes das ações a serem avaliadas, a autoavaliação possibilita uma reflexão sobre contexto e políticas adotadas, além da sistematização dos dados que levam à tomada de decisão. Na prática, é colocar em ação o elementar processo de detectar pontos fortes e potencialidades, tanto quanto discriminar pontos fracos dos programas e prever oportunidades e metas (CAPES, 2019).
2. Por que o PPG deve se autoavaliar?
1. É um dos quesitos de avaliação da CAPES.
Considerando que a avaliação do PPG é um indicador utilizado para conceituação e distribuição de recursos, faz-se necessário que os PPGs da UFSB, busquem melhores indicadores de qualidade.
2. Para assegurar sua qualidade.
A autoavaliação é uma das estratégias do PPG para identificar seus pontos fracos e fortes.
3. Para promover sua organização.
Planejar com metas e objetivos previamente estabelecidos, será fundamental para o PPG organizar ações que definirão seu futuro.
4. Para democratizar sua atuação.
A autoavaliação é um processo feito pela comunidade do PPG e não uma atribuição a poucas pessoas. Neste sentido, os protagonistas deste processo são os docentes, discentes, egressos, técnicos, entre outros. Mas, não obstante, atores externos podem contribuir com este processo, tais como: empregadores, especialistas, empreendedores, ou parceiros da comunidade, como professores da Rede Básica de Ensino.
5. Para o PPG crescer, no sentido de desenvolver novas frentes de atuação.
Uma autoavaliação robusta e concreta permitirá o PPG identificar se está atingindo suas metas e objetivos atuais e se ele pode avançar para novas frentes de trabalho.
6. Demonstrar suas potencialidades.
Os instrumentos atuais nem sempre contemplam as potencialidades dos PPGs, principalmente, àqueles localizados no interior. Mas, a autoavaliação permitirá que o PPG demostre efetivamente seus impactos locais assegurando o desenvolvimento regional promovido pela academia.
3. Diretrizes Iniciais
1. A autoavaliação é um processo interno, continuo e dinâmico no âmbito dos PPGs que tem o objetivo de avaliar se o PPG está cumprindo seu planejamento estratégico e se suas ações estão produzindo adequadamente os resultados esperados.
2. Anualmente, cada PPG fará sua autoavaliação identificando, através dos indicadores, quais metas têm sido alcançados e justificando àquelas que não foram.
3. É importante cada PPG analisar o documento da sua área do SNPG para propor aspectos relevantes à área de atuação do PPG.
4. A PROPPG supervisionará a elaboração do planejamento estratégico e autoavaliação.
4. Operacionalização da autoavaliação
A autoavaliação é um exercício de autonomia responsável e, portanto, não deve ser enquadrada em um molde único. Entretanto, neste início de processo, a PROPPG está tomando com base a operacionalização proposta pelo grupo de trabalho da CAPES, que visa focalizar o monitoramento da qualidade do programa, seu processo formativo, produção de conhecimento, atuação e impacto político, educacional, econômico e social; assim como na Formação discente pós-graduada na perspectiva da inserção social e/ou científica e/ou tecnológica e/ou profissional, presencial e/ou a distância do programa (recomenda-se enfatizar este último tópico porque os cursos da UFSB atendem a demanda reprimida na região, o que teve/tem impactado consideravelmente a formação de profissionais na região). As etapas propostas neste processo inicial são: preparação, implementação dos instrumentos e análises, divulgação dos resultados e uso dos resultados.
1. Preparação
Definição de uma comissão interna de autoavaliação com docentes, discentes e técnicos que tenha um mandato de um ciclo avaliativo;
Elaboração de um planejamento estratégico com foco na missão do curso, apresentando claramente suas metas e indicadores de médio (4 anos) e longo prazo (8 anos).
Elaboração de um projeto de autoavaliação: Objetivos, Estratégias, Método (técnicas, instrumentos, formas de análise, frequência), Cronograma, Recursos, Equipe de implementação / responsabilidades, Formas de disseminação dos resultados e Monitoramento do uso dos resultados.
2. Implementação
Execução do projeto com a realização dos instrumentos para coleta de dados, análise dos dados e síntese dos resultados.
Para autoavaliação as informações podem ser importadas do Lattes, plataforma Sucupira, informações institucionais (PDI, Políticas de Pesquisa e Pós-Graduação etc) e informações obtidas da comunidade.
3. Divulgação dos resultados
A divulgação deve adotar linguagem clara, objetiva, de forma a ser acessível a todos os seus públicos-alvo.
Os programas deverão elaborar relatório anual de autoavaliação com os resultados da análise, destacando seus pontos fortes e fracos e atestando o cumprimento das metas previstas no planejamento estratégico.
4. Uso dos resultados e meta-avaliação.
Os resultados devem ser conhecidos a tempo de informar as tomadas de decisão (perecibilidade) e de serem utilizados;
Análises do processo de autoavaliação devem ser continuamente monitorados pelo PPG.
5. Acompanhamento, supervisão e mediação
1. O acompanhamento do planejamento e o processo de autoavaliação será realizado internamente em cada programa de pós-graduação;
2. Os PPGs deverão enviar à PROPPG seu relatório da Autoavaliação e seu Planejamento estratégico para o ciclo avaliativo;
3. O projeto e relatório da Autoavaliação e o Planejamento Estratégico do PPG deve ser divulgados na página institucional de cada Programa.
6. Referências
CAPES, 2019. Autoavaliação de Programas de Pós-Graduação: Relatório de grupo de trabalho. Brasília. Disponível em http://www.capes.gov.br/pt/relatorios-tecnicos-dav. Acessado em 10 de outubro de 2020.
LEITE, D., VERHINE, R., DANTAS, L.M.V, BERTOLIN, J.C.G. A autoavaliação na Pós-Graduação (PG) como componente do processo avaliativo CAPES. Avaliação, v. 25, n. 02, p. 339-353, 2020
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